18 de setembro de 2008

Era uma vez, Pedro e Inês...


Dom Pedro I (1320-1367) foi o oitavo rei de Portugal. Era filho do rei Afonso IV e da princesa Beatriz de Castela. Em 1339 casou-se com Constança Manuel. Naquela epoca, as mulheres da nobreza possuíam damas de companhia. A dama de companhia de D. Constança era uma fidalga castelhana chamada Inês de Castro (1320-1355).

Um belo dia, Pedro e Inês se apaixonaram. Então, começaram a viver um amor proibido numa região à margem esquerda do rio Mondego em Coimbra (Portugal). Região essa denominada hoje de Quinta das Lágrimas. Nada mais nada menos que a região onde eu moro. =)

Mas a Quinta das Lágrimas foi o cenário da sorte e também do infortúnio dos amores de Pedro e Inês. Assim que o pai de Pedro, Afonso IV, descobriu o relacionamento dos dois, ordenou a morte da fidalga. Inês de Castro morreu a punhaladas em 1355. O local acolheu o amor e as últimas lágrimas de Inês. As lágrimas então derramadas inspiraram Luís de Camões a criar o nome de Fonte das Lágrimas e muitos outros escritores a consagrar o amor eterno de Pedro e Inês. Foi essa história que deu origem à expressão “Inês é morta!” quando você quer dizer que já é tarde para mudar algo, que não adianta mais. “É tarde! Inês é morta.” Pois que Pedro tentou diversas vezes convencer seu pai de não mandar matá-la.

“A Quinta das Lágrimas ocupa uma área de 18, 3 hectares e é uma área ajardinada em torno do Palácio do século XIX e um bosque situado na encosta a sul. Na propriedade existem duas nascentes que foram compradas pela Rainha Isabel de Aragão para abastececimento de água, através de um pequeno aqueduto, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha e, naturalmente, o Paço Real, que ficavam ali bem perto. A existência de duas caleiras - uma diretamente ligada à mina e a outra ligada à chamada Fonte da Tradição - que se unem na Fonte dos Amores, permitiam que a água transportasse as mensagens que iam e vinham do Paço Real. Foi também essa água que ficou vermelha após a morte de Inês. Na verdade, há uma alga chamada Hildenbrandia Rivularis que vive na água doce e é vermelha. O Jardim da Quinta das Lágrimas é constituído maioritariamente por espécies exóticas, algumas das quais com mais de duzentos anos. Recentemente, foi ainda criado um jardim medieval, em homenagem aos amores de Pedro e Inês. Trata-se do primeiro jardim medieval em Portugal. O objetivo foi criar um ambiente de clausura e simplicidade, para o qual foram selecionadas cerca de cinquenta espécies de plantas diferentes, cuja existência já antes da época dos Descobrimentos é largamente comprovada por gravuras e documentos da época.” (informações obtidas na net)


No domingo passado, eu e a Cary fomos conhecer o famoso jardim que situa-se dentro do Hotel Quinta das Lágrimas (http://www.quintadaslagrimas.pt/). O dono do hotel decidiu incorporar o a área de modo que o jardim, as dependências do hotel e o campo de golfe são abertos ao público (a entrada custa 2 euros por pessoa). O Hotel fica bem ao lado do nosso apartamento, a cerca de 300 metros. As fotos do jardim e do meu apto estão no álbum.

Vamos ao que interessa?! Minha nova morada é:

Urbanização Quinta das Lágrimas lote 16 R/C esquerdo
Bairro: Santa Clara Cep: 3040-092 Coimbra - Portugal

ps.: O lote 16 é comporto por 4 apartamentos de modo que não possuem números e são classificados como térreo esquerdo, térreo direito, primeiro andar esquerdo, primeiro andar direito. O nosso apto é o do térreo esquerdo. Só que os portugueses chamam térreo de …?! Rés-do-chão. =) Logo: R/C esquerdo (basta escrever assim).

Vem?!

3 comentários:

Juliana Seidl disse...

Gente, este soneto faz parte do episódio "Inês de Castro" dos Lusíadas de Camões. Lindo, lindo...

Quem diz que Amor é falso ou enganoso,
ligeiro, ingrato, vão, desconhecido,
Sem falta lhe terá bem merecido
Que lhe seja cruel ou rigoroso.

Amor é brando, é doce e é piedoso;
Quem o contrário diz não seja crido:
Seja por cego e apaixonado tido,
E aos homens e inda aos deuses odioso.

Se males faz Amor, em mim se vêem;
Em mim mostrando todo o seu rigor,
Ao mundo quis mostrar quanto podia.

Mas todas suas iras são de amor;
Todos estes seus males são um bem,
Que eu por todo outro bem não trocaria.

Faz 2 horas que escrevi este post e já recebi 4 mensagens por e-mail. =) Só não entendo pq vcs não escrevem aqui... mas, se estão lendo, tá valendo! ;)

Unknown disse...

Já que vc pediu aí vai, hehe. Também ia escrever no e-mail, pra poder falar muitão, mas hj vou deixar só um recadinho, tá? Saudades grandes de vc moça, espero que aproveite muito toda essa fase de descobertas, que tá me parecendo maravilhosa...

Um beijão pra tu!!!

Eduardo Chaves disse...

Cidade linda! Os sentidos ficam aguçados, né? Texturas, gostos, cheiros... tudo é tão bom! X)

As aulas são assim também, Ju? Tomara! =D

Beijocas!
Dudu