1 de janeiro de 2009

Exposição gratuita...

Ter um blog significa expor-se gratuitamente. É assim: você conta sobre a sua vida, sobre fatos reais e irreais, sobre sonhos, medos, desejos, pessoas, lugares e queijos marcantes para todos aqueles que receberam seu convite (até aqui tá tudo muito bem) e para todos aqueles que o procuraram e acharam o seu blog ou que o acharam sem querer... E tem gente que ainda cobra quando você demora pra escrever, acredita?!

Foi pensando nisso que avaliei: vale mesmo a pena estar aqui? Podia estar tomando sorvete, escrevendo a minha tese, conhecendo uma ser real ao invés de me comunicar com os virtuais... Ah e as pessoas têm sempre tanta coisa pra ler, né?! Notícias sobre o mundo em crise, em guerra... E as caixas de e-mails lotadas?! Pois é... e não seria paradoxal ser contra essa invasão tecnológica nas nossas vidas e escrever em um blog? Ai ai quantos conflitos!!! E quem eu quero que o leia, lê mesmo? Pior é que eu acho que não. Olha, na verdade, eu acho que vi pouquíssimas vezes os meus leitores mais assíduos... aliás, será que eu os conheço?

Só que existe um fato que me convence a continuar aqui em 2009: eu gosto. Desculpe, leitor, não se sinta decepcionado mas eu escrevo mais pra mim do que pra você. Quando fazemos algo esperando outro algo em troca, ah, não... não têm o mesmo valor. Precisamos fazer aquilo que gostamos e, se aquilo não interferir no direito do outro e não mais que isso, tá tudo muito bem. Aqueles que escrevem, bem ou mal, sobre porcarias ou coisas interessantes, escrevem porque gostam. Eu escrevo aqui minhas porcarias porque quero guardar estas ideias em algum lugar, então, vou continuar a deixá-las aqui mesmo.

Sejam bem-vindos à nova versão do blog da Juju 2009. Chega de avisos, chega de textos longos, chega de poemas de outros, chega de primeira pessoa... (Ops! Vou tentar no próximo! =)

Ano novo, vida nova, blog novo! A começar pelo nome: Sonhei e fui...

Sonhei e fui, sinais de sim,
Amor sem fim, céu de capim,
E eu olhando a vida olhar pra mim.

Sonhei e fui, mar de cristal,
Sol, água e sal, meu ancestral,
E eu tão singular me vi plural.

Sonhei pra mim, tanta paixão,
De grão em grão, verso e canção,
E eu tentando nunca ouvir em vão.

Sonhei, senti, sol na lagoa,
Céu de Lisboa, nuvem que voa,
E um país maior que uma pessoa.

Sonhei e vim, mares de Espanha,
Terras estranhas, lendas tamanhas,
E eu subi sorrindo esta montanha.
E eu subi sorrindo esta montanha.

(Sonhei - Lenine)